19 de outubro de 2008

Até breve!

Eu juro que tenho tentado! Juro! Mas não tenho mesmo conseguido...
Juro que tenho tentado voltar aqui. E escrever. E tenho saudades de aqui escrever. Continuam a ser muitos os temas sobre os quais me apetece deixar um post. Mas o novo ritmo de trabalho impede-me completamente de o fazer.
Depois de férias, tem-me sido impossível arranjar tempo cronológico (e psicológico) para escrever neste blog (já que outras escritas me preenchem os dias)... Nem para ler os meus "vizinhos" preferidos tenho arranjado disponibilidade...


Neste momento, o ideal para nós (julgo que posso falar pelo Filipe, neste caso) seria provavelmente participar num blog a muitas vozes, no qual pudéssemos escrever apenas uma vez por semana, ou mesmo quinzenalmente, sem que o blog morresse por esta nossa falta de frequência...
De facto, num blog a dois, quando os dois não têm tempo para lhe dedicar, o blog acaba por parar. Foi o que nos aconteceu, por muito que a nossa vontade fosse contrária. Sei que quer eu, quer o Filipe, pensamos em aqui regressar todos os dias. E sei que nenhum de nós o tem conseguido fazer.


Não quero dizer adeus a a esta aventura, mas tenho que assumir, até perante mim própria, um até breve. Devo isso a quem nos leu ao longo destes meses. E devo-vos também um pedido de desculpas por só agora o conseguir dizer.
Poderei voltar ao Margem Esquerda pontualmente, mas sem a regularidade de outros tempos. Quanto à margem esquerda, dessa, prometo nunca sair.

4 de julho de 2008

Ainda a entrevista de MFL

Tem havido muitas críticas, por essa blogosfera fora, ao facto de muitos de nós, a propósito da entrevista de MFL, nos termos limitado a comentar a sua brilhante tirada sobre os casamentos entre homossexuais, "questão de somenos importância", em vez de nos centrarmos nos aspectos económico-sociais, que "verdadeiramente interessam".

Eu justifico-me: não acho interessante comentar uma suposta oposição ao "pacote de obras públicas", quando quem se lhes opõe não as sabe sequer enumerar e até autorizou algumas delas. De facto, MFL é contra que obras concretamente? E se é contra um pacote deste género, porque deu o seu aval, enquanto ministra das Finanças, a, por exemplo, quatro linhas de TGV entre Portugal e Espanha?
Por estas e por outras, nada do que ela diz sobre este tema tem, para mim, qualquer credibilidade. E não acredito nem um milímetro que, se fosse primeira-ministra, não as executasse! Pelo contrário, seria tudo para levar até ao fim e nada deste paleio, que agora adoptou, seria para levar a sério.

Por outro lado, comentar as preocupações sociais da nova líder do PSD soa a comentar uma piada. Mas alguém acredita neste seu discurso?! Os "novos pobres" em muito devem a sua condição à actuação da própria MFL...
Mas, neste campo da assistência social, MFL até disse uma coisa que seria interessante comentar: que defende que o Estado deve apoiar as associações que "estão no terreno" e que "conhecem os verdadeiros problemas das pessoas". Sendo ou não contra este desígnio, MFL devia informar-se melhor: se há área em que o actual governo não se tem saído muito mal é exactamente esta. Centenas de IPSSs constroem actualmente centros de dia, lares, creches, serviços de apoio domiciliário, etc., pelo país inteiro, com recurso a estes subsídios estatais, que a grande chefe dos sociais-democratas agora se lembrou de defender.

Nem num caso nem noutro, MFL descobriu a pólvora. Pelo contrário, afirmou ser contra o que vai fazer se for primeira-ministra, e afirmou ser a favor do que já se faz com o actual primeiro-ministro. Vale a pena comentar isto?
No fim de tanto discurso vazio, afirmou a sua oposição aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Foi o final em beleza! Espero ansiosamente pela próxima entrevista!

2 de julho de 2008

Como não ser retrógrada

Parece que Manuela Ferreira Leite defende que casais inférteis e de idade avançada não devem poder casar-se.
Segundo a nova Presidente do PSD, o Estado não tem que conceder o direito ao casamento a quem não vai "procriar". O casamento serve unicamente para constituir família e por família entende-se unicamente ter filhos. As pessoas casam-se para ter filhos. Quem não vai ter filhos não deve poder casar-se. É lógico!

O mais fantástico é que MFL começou a sua resposta à pergunta de Constança Cunha e Sá sobre os casamentos entre homossexuais dizendo "Eu não sou retrógrada...". Faria se fosse!!

(DN)

La Palisse

Parece que há muita gente chocada com o facto de Ana Jorge ter dito, no Parlamento, que, se sofresse um acidente grave, não recorreria a um hospital privado. Estranho tanta indignação: a ministra disse apenas o que o país inteiro pensa! Para fazer um raio-X, ir a uma consulta ou submeter-se a uma pequena cirurgia, tudo bem, a malta ainda pode optar pelo serviço privado, que não corre riscos. Mas para uma coisa séria?!
Por favor, quem fala verdade não merce castigo. Desta, Ana Jorge está mais do que desculpada.

20 de junho de 2008


Phyllis e Del têm quase 90 anos de idade e mais de 50 de vida em comum. Mas só esta semana puderam casar-se. No Estado da Califórnia, que avança, assim, numa questão básica de direitos humanos.

18 de junho de 2008

Notícia de última hora

Saíram perguntas sobre "Os Lusíadas" no exame de Português do 9º ano!!!
Espanta-me que ninguém, no Ministério, tenha achado que seria demasiado difícil para os pobres adolescentes...

13 de junho de 2008

Beber uma Guinness para comemorar

"Governo irlandês reconhece a vitória do não no referendo sobre o Tratado de Lisboa." (Expresso)

Sei que o chumbo irlandês se deveu muito mais a razões conservadoras do que as quaisquer outras. Mas o que verdadeiramente me interessa é que no único local onde se perguntou à população a sua opinião sobre este Tratado, ela mostrou (como antes outras populações o haviam feito) que não é possível os líderes europeus continuarem o processo de integração europeia de costas voltadas para os cidadãos.
De facto, sempre que estes são chamados a pronunciarem-se, dizem não estar de acordo com o que é negociado pelas nossas elites entre gravatas e ares condicionados...
Senhores, habituem-se, como dizia o outro. E passem a respeitar-nos.
Façam eleger uma verdadeira Assembleia Constituinte ou referendem um futuro Tratado em todos os países. Só assim o elaborarão com e para as pessoas e não à sua margem, só assim saberão qual a Europa que os europeus verdadeiramente desejam, só assim teremos uma Europa de cidadãos e não de burocratas e só assim haverá verdadeira legitimidade democrática em todo este processo.
Obrigada, Irlanda.

10 de junho de 2008

Estou a ler bem?!

"Ministros europeus chegam a acordo para prolongar semana de trabalho até às 65 horas"
(Público)

A flexisegurança tem coisas fantásticas... A melhor de todas é o discurso político que a legitima acrescentar sempre que medidas deste género só serão implementadas se os trabalhadores assim o desejarem!
Se assim fosse, escusavam de tornar legalmente possível este novíssimo limite horário: não há nenhum trabalhador que deseje trabalhar mais de metade do dia (13h) durante 5 dias, ou que deseje abdicar dos dias de descanso para trabalhar "apenas" mais de 9h por dia durante os 7 dias da semana.

Civilizacionalmente, continuamos o retrocesso...

4 de junho de 2008

EU FUI!


Fui ao comício das esquerdas e aquilo a que assisti encheu-me de esperança num futuro melhor.
Um futuro sem medo da palavra esquerda, sem medo da palavra socialismo, um futuro em que não se aceitam como inevitáveis as desigualdades sociais e os retrocessos de direitos, em que não se aceita o funcionamento do mercado como poder divino, nem um Estado cada vez mais reduzido nas suas funções como solução única.
Que a experiência se repita e que as ideias floresçam, porque há cada vez mais espaço para elas na sociedade portuguesa, é o meu único desejo!

2 de junho de 2008

A verdadeira notícia

30% dos militantes do PSD ainda votaram em Pedro Santana Lopes!! Que medo...

(Público)

26 de maio de 2008

Pedido de desculpas

Eu e o Filipe temos andado loucos a terminar trabalhos académicos que queremos entregar na próxima semana... Por esse motivo, não temos escrito com a regularidade do costume! Pedimos desculpa aos leitores pela nossa falha e prometemos que a situação não se vai manter!