"Não houve mentiras porque Bush e Blair estavam convencidos de que as armas de destruição maciça existiam no Iraque.", diz Pacheco Pereira, hoje, no Público (sem link).
Será que acredita mesmo nisto?!
29 de março de 2008
27 de março de 2008
Balanço
Eu e o Filipe iniciámos esta "aventura" que é o Margem Esquerda há seis meses.
Meio ano, 218 posts, dezenas de comentários e quase 20.000 page views depois, tenho que dizer que, para mim, o saldo é mais do que positivo!
Gosto deste acto de escrita regular e gosto principalmente de ler quem nos comenta.
Obrigada a todos os que nos têm visitado!
Meio ano, 218 posts, dezenas de comentários e quase 20.000 page views depois, tenho que dizer que, para mim, o saldo é mais do que positivo!
Gosto deste acto de escrita regular e gosto principalmente de ler quem nos comenta.
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14 de março de 2008
E que tal cada um de nós decidir sobre isso?
"PS quer proibir colocação de “piercings” na língua" (Público)
E ainda hão-de conseguir chegar à alimentação. Havemos de ter todos o corpo que este governo achar ser o melhor para nós. O nosso físico traçado a régua e esquadro. E a liberdade individual no meio disto?
E ainda hão-de conseguir chegar à alimentação. Havemos de ter todos o corpo que este governo achar ser o melhor para nós. O nosso físico traçado a régua e esquadro. E a liberdade individual no meio disto?
12 de março de 2008
Nojo...
Esta é a campanha publicitária a uma colecção sobre o Estado Novo distribuída com o Correio da Manhã e com a Sábado.
A campanha televisiva diz qualquer coisa como "Será a História exactamente como lha pintam?". Claro que não, claro que não é. É pior. Foi muito pior. E quem o tenta escamotear, mesmo que com insinuações e frases ambíguas, devia ter vergonha.
E pensar que houve tanta gente a lutar e a sofrer para que agora um publicitário(zeco) tenha a liberdade de escrever este nojo...
Os "PPRs do Estado"
Não tenho nada contra o facto de o Estado lançar um produto equivalente a um Plano de Poupança Reforma. Não acho que seja concorrência desleal para com as instituições privadas; acho que é simplesmente concorrência (apesar do Estado negar...) e que já era altura de o poder público perceber que este era um bom caminho a percorrer.
Mas não percebo por que é que o produto lançado foi ESTE especificamente! Eu explico: com as desvantagens que os cerificados de reforma públicos apresentam relativamente aos PPRs, relativamente aos concorrentes privados, qual é que pode ser o interesse em subscrever os primeiros e não os segundos?
Em primeiro lugar, reduziu-se o âmbito de potenciais interessados ao aceitar-se apenas quem desconta para a Segurança Social como potenciais contraentes destes certificados. Há muita boa alminha trabalhadora que nunca poderá aceder a este produto, o que só prejudica quem o põe no mercado. Mas isso ainda é o menos...
Por outro lado, a rendibilidade não é garantida. Claro que há quem prefira correr riscos neste tipo de investimentos, mas também há quem deteste incertezas ao nível financeiro... Por que não oferecer as duas possibilidades?
E, se não pudessem dar aos subscritores a escolha entre rendibilidade garantida e inexistência de garantias, se só pudessem oferecer uma das duas hipóteses, então, mais valia terem optado pela oferta de uma taxa garantida, mesmo que ligeiramente mais baixa do que a oferecida pelos PPRs privados.
É verdade que o governo acredita que a rendibilidade média destes certificados públicos será semelhante ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social nos últimos cinco anos (5,8%). É uma taxa boa quando comparada com as dos privados (entre 3% e 4%). Mas não há quaisquer certezas. Dir-me-ão que as taxas oferecidas pelos privados também podem não bater certo com as previsões. Sim, podem, mas só se eu escolher essa modalidade. Na banca, opto por ter capital garantido ou não e rendibilidade garantida ou não. Com o Estado, não tenho escolha.
Por falar em não ter escolha, isso também acontece relativamente às contribuições exigidas. Com estes novos certificados de reforma, há que entregar mensalmente 2% ou 4% do salário. Pronto. Nada de diversificar a coisa e adequar o produto às várias condições pessoais, às várias vontades... Enfim...
A falta de liberdade que estes certificados impõem também é visível no facto de não permitir ao cliente transferir o SEU dinheiro para outra instituição. Ou seja, se a tal taxa de rendibilidade não garantida mostrar ser uma pobreza, nada há a fazer.
Do mesmo modo também não se pode de forma alguma levantar o dinheiro antes de tempo. Nem mesmo com penalizações, como acontece com os PPRs privados. Ou seja, se necessitarmos do dinheiro antes do tempo, também nada há a fazer.
Mas alguém aceita isto de boa vontade?
Para terminar o rol, esta espécie de PPRs públicos não são herdados pela família em caso de morte precoce do titular. Isso mesmo, se morrermos antes de chegarmos à reforma, o montante que tivermos dispendido mensalmente nestes certificados fica para o Estado.
A ideia é, julgo, que esse dinheiro sirva para pagar as tranches - digamos - "extra" àqueles que, pelo contrário, viverem para além do período em que garantiram o rendimento atarvés dos seus descontos. A ideia até seria boa se não contássemos as desvantagens anteriores...
Resumindo, parece-me que estes certificados de reforma públicos serão bons se a taxa de rendibilidade for, de facto, aquela em que o governo crê, se o subscritor nunca quiser, por algum motivo, transferir ou levantar o dinheiro ao longo dos anos, se não morrer antes de chegar à reforma...
E isto, claro, se, previamente, descontar para a Segurança Social e se achar boa ideia investir sem rendibilidade garantida aquela percentagem específica do salário...
Os 1000 subscritores do produto, durante a primeira semana em vigor, devem achar que vão ter uma vida óptima, pelo menos até aos 65 anos, para terem aderido. Eu não tenho essa certeza e,(também) por isso, prefiro algo que me dê mais liberdade.
Tenho pena que uma ideia tão boa seja desvirtuada por estas condicionantes.
Mas não percebo por que é que o produto lançado foi ESTE especificamente! Eu explico: com as desvantagens que os cerificados de reforma públicos apresentam relativamente aos PPRs, relativamente aos concorrentes privados, qual é que pode ser o interesse em subscrever os primeiros e não os segundos?
Em primeiro lugar, reduziu-se o âmbito de potenciais interessados ao aceitar-se apenas quem desconta para a Segurança Social como potenciais contraentes destes certificados. Há muita boa alminha trabalhadora que nunca poderá aceder a este produto, o que só prejudica quem o põe no mercado. Mas isso ainda é o menos...
Por outro lado, a rendibilidade não é garantida. Claro que há quem prefira correr riscos neste tipo de investimentos, mas também há quem deteste incertezas ao nível financeiro... Por que não oferecer as duas possibilidades?
E, se não pudessem dar aos subscritores a escolha entre rendibilidade garantida e inexistência de garantias, se só pudessem oferecer uma das duas hipóteses, então, mais valia terem optado pela oferta de uma taxa garantida, mesmo que ligeiramente mais baixa do que a oferecida pelos PPRs privados.
É verdade que o governo acredita que a rendibilidade média destes certificados públicos será semelhante ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social nos últimos cinco anos (5,8%). É uma taxa boa quando comparada com as dos privados (entre 3% e 4%). Mas não há quaisquer certezas. Dir-me-ão que as taxas oferecidas pelos privados também podem não bater certo com as previsões. Sim, podem, mas só se eu escolher essa modalidade. Na banca, opto por ter capital garantido ou não e rendibilidade garantida ou não. Com o Estado, não tenho escolha.
Por falar em não ter escolha, isso também acontece relativamente às contribuições exigidas. Com estes novos certificados de reforma, há que entregar mensalmente 2% ou 4% do salário. Pronto. Nada de diversificar a coisa e adequar o produto às várias condições pessoais, às várias vontades... Enfim...
A falta de liberdade que estes certificados impõem também é visível no facto de não permitir ao cliente transferir o SEU dinheiro para outra instituição. Ou seja, se a tal taxa de rendibilidade não garantida mostrar ser uma pobreza, nada há a fazer.
Do mesmo modo também não se pode de forma alguma levantar o dinheiro antes de tempo. Nem mesmo com penalizações, como acontece com os PPRs privados. Ou seja, se necessitarmos do dinheiro antes do tempo, também nada há a fazer.
Mas alguém aceita isto de boa vontade?
Para terminar o rol, esta espécie de PPRs públicos não são herdados pela família em caso de morte precoce do titular. Isso mesmo, se morrermos antes de chegarmos à reforma, o montante que tivermos dispendido mensalmente nestes certificados fica para o Estado.
A ideia é, julgo, que esse dinheiro sirva para pagar as tranches - digamos - "extra" àqueles que, pelo contrário, viverem para além do período em que garantiram o rendimento atarvés dos seus descontos. A ideia até seria boa se não contássemos as desvantagens anteriores...
Resumindo, parece-me que estes certificados de reforma públicos serão bons se a taxa de rendibilidade for, de facto, aquela em que o governo crê, se o subscritor nunca quiser, por algum motivo, transferir ou levantar o dinheiro ao longo dos anos, se não morrer antes de chegar à reforma...
E isto, claro, se, previamente, descontar para a Segurança Social e se achar boa ideia investir sem rendibilidade garantida aquela percentagem específica do salário...
Os 1000 subscritores do produto, durante a primeira semana em vigor, devem achar que vão ter uma vida óptima, pelo menos até aos 65 anos, para terem aderido. Eu não tenho essa certeza e,(também) por isso, prefiro algo que me dê mais liberdade.
Tenho pena que uma ideia tão boa seja desvirtuada por estas condicionantes.
11 de março de 2008
Zapatero, Sócrates, humildade e maioria absoluta
Já conhecíamos as diferenças políticas entre Zapatero e Sócrates: apesar de serem da mesma família política, Zapatero tem governado mais à esquerda do que o nosso primeiro (e do que a maioria dos chefes de governo sociais-democratas por essa Europa fora).
Ao ouvir o discurso de vitória de Zapatero, no domingo, reforcei também a certeza das diferenças de estilo entre os dois.
Quem diz que a conquista de mais votos e mais assentos parlamentares farão com que governe com mais humildade, quem diz que percebe este novo mandato como uma obrigação para governar melhor, quem diz que irá governar tendo sempre presente o caminho do diálogo, não se confunde, de facto, com Sócrates.
É certo que a existência ou não de maioria absoluta pode fazer mudar tudo, que não sabemos como falaria ou agiria Zapatero se tivesse as mesmas condições políticas que o congénere português. Mas acho que nunca teria o mesmo estilo autoritário e crispado. De qualquer forma, nunca o saberemos.
Resta-me, então, esperar que Sócrates, em 2009, receba uma lição de humildade que o leve a inflectir o estilo e as políticas.
As maiorias absolutas unipartidárias fazem mal ao ego. E, na minha opinião, ao país.
Ao ouvir o discurso de vitória de Zapatero, no domingo, reforcei também a certeza das diferenças de estilo entre os dois.
Quem diz que a conquista de mais votos e mais assentos parlamentares farão com que governe com mais humildade, quem diz que percebe este novo mandato como uma obrigação para governar melhor, quem diz que irá governar tendo sempre presente o caminho do diálogo, não se confunde, de facto, com Sócrates.
É certo que a existência ou não de maioria absoluta pode fazer mudar tudo, que não sabemos como falaria ou agiria Zapatero se tivesse as mesmas condições políticas que o congénere português. Mas acho que nunca teria o mesmo estilo autoritário e crispado. De qualquer forma, nunca o saberemos.
Resta-me, então, esperar que Sócrates, em 2009, receba uma lição de humildade que o leve a inflectir o estilo e as políticas.
As maiorias absolutas unipartidárias fazem mal ao ego. E, na minha opinião, ao país.
10 de março de 2008
Faço minhas as palavras de Rocard
"Com efeito, nos últimos 25 anos, a proporção de salários directos e indirectos em percentagem do PIB caiu entre 8% e 11% em todos estes países. Consequentemente, os empregos precários e a insegurança laboral, que pouco se faziam sentir entre 1940 e 1970, afectam, actualmente, mais de 15% da população do mundo desenvolvido.
O salário médio real tem-se mantido estável nos últimos 20 anos nos Estados Unidos, com 1% da população a captar todos os ganhos resultantes do crescimento de 50% do PIB no mesmo período. (...)
A remuneração dos líderes das empresas atinge actualmente 300 a 500 vezes o salário médio dos colaboradores intermédios, contra 40 vezes no século XX e 50 vezes antes de 1980. Um pouco por todo o mundo, o número de empresas que enfrenta problemas legais por vários tipos de fraude está a aumentar fortemente.
O pior, infelizmente, está ainda para vir. Atendendo a que os rendimentos da maioria das pessoas estão estagnados e a serem delapidados pelo aumento das prestações dos seus empréstimos à habitação, o consumo deverá diminuir, levando a um menor crescimento e menor emprego. Uma recessão só contribuirá para intensificar a precaridade dos empregos e o desemprego, criando tensões sociais que, obviamente, não ajudarão a aliviar a crise financeira. Parece que temos todos os ingredientes para uma demorada e intensa tempestade perfeita do declínio económico e da agitação social. (...)
Mas é agora perfeitamente óbvio que o capitalismo está demasiado instável para sobreviver sem uma forte regulação pública. É por isso que, depois de anos e anos a ser negligenciado como uma opção viável, é altura de delinear um projecto social-democrata para o palco político."
(Michel Rocard, no Jornal de Negócios)
O salário médio real tem-se mantido estável nos últimos 20 anos nos Estados Unidos, com 1% da população a captar todos os ganhos resultantes do crescimento de 50% do PIB no mesmo período. (...)
A remuneração dos líderes das empresas atinge actualmente 300 a 500 vezes o salário médio dos colaboradores intermédios, contra 40 vezes no século XX e 50 vezes antes de 1980. Um pouco por todo o mundo, o número de empresas que enfrenta problemas legais por vários tipos de fraude está a aumentar fortemente.
O pior, infelizmente, está ainda para vir. Atendendo a que os rendimentos da maioria das pessoas estão estagnados e a serem delapidados pelo aumento das prestações dos seus empréstimos à habitação, o consumo deverá diminuir, levando a um menor crescimento e menor emprego. Uma recessão só contribuirá para intensificar a precaridade dos empregos e o desemprego, criando tensões sociais que, obviamente, não ajudarão a aliviar a crise financeira. Parece que temos todos os ingredientes para uma demorada e intensa tempestade perfeita do declínio económico e da agitação social. (...)
Mas é agora perfeitamente óbvio que o capitalismo está demasiado instável para sobreviver sem uma forte regulação pública. É por isso que, depois de anos e anos a ser negligenciado como uma opção viável, é altura de delinear um projecto social-democrata para o palco político."
(Michel Rocard, no Jornal de Negócios)
Por todas as razões e mais esta
Uma classe profissional que consegue pôr 100 mil pessoas na rua é uma grande classe!
6 de março de 2008
Mas o que é que isto quer dizer?!
"O comício nacional do PS marcado para o dia 15 de Março no Porto, que levará José Sócrates ao reencontro com as bases, foi transferido da Praça de D. João I para o Pavilhão do Académico, uma mudança que “protegerá” o líder socialista de qualquer imprevisto vindo da rua." (Público)
5 de março de 2008
Eheh!
My blog is worth $22,581.60.
How much is your blog worth?
Oh Filipe, isto bem dividido ainda rendia... ;)
(via O Reino dos Fins)
4 de março de 2008
Novo partido
"O antigo alto-comissário para a Imigração Rui Marques anunciou hoje que pretende criar um novo partido, denominado "Movimento Esperança Portugal", situado ideologicamente ao centro...
'... entre o PS e o PSD, para que a partir daí seja possível construir pontes e sublinhar mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa', adiantou Rui Marques" (Público)
Portugal precisava mesmo de um partido ao centro! Entre o PS e o PSD, sim senhor! Bem pensado!
PS - Alguém diz a este senhor que ninguém faz partidos com o objectivo de "construir pontes", mas sim para divergir dos adversários? Que a ideia é, exactamente, realçar, não as semelhanças, mas aquilo que o separa dos outros partidos?
'... entre o PS e o PSD, para que a partir daí seja possível construir pontes e sublinhar mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa', adiantou Rui Marques" (Público)
Portugal precisava mesmo de um partido ao centro! Entre o PS e o PSD, sim senhor! Bem pensado!
PS - Alguém diz a este senhor que ninguém faz partidos com o objectivo de "construir pontes", mas sim para divergir dos adversários? Que a ideia é, exactamente, realçar, não as semelhanças, mas aquilo que o separa dos outros partidos?
Como é que Bush foi possível? É fácil...
"Que mania é esta que temos de falar e negociar com toda a gente? No tempo de Kennedy ou Lyndon Johnson, os Estados Unidos avisavam os russos que lhes rebentavam com os submarinos e não negociavam. Os Estados Unidos não têm nada que negociar." - eleitor democrata.
"Da maneira que eu vejo as coisas, as guerras são inevitáveis. Depois do Iraque, há de ser o Irão, ou outro lugar qualquer. Antes lá do que aqui." - eleitora republicana.
"Se os democratas vencerem estas eleições, vamos ter outro 11 de Setembro. Não se pode ter complacências com os terroristas, temos de os bombardear." - eleitor republicano.
(hoje, no Público)
"Da maneira que eu vejo as coisas, as guerras são inevitáveis. Depois do Iraque, há de ser o Irão, ou outro lugar qualquer. Antes lá do que aqui." - eleitora republicana.
"Se os democratas vencerem estas eleições, vamos ter outro 11 de Setembro. Não se pode ter complacências com os terroristas, temos de os bombardear." - eleitor republicano.
(hoje, no Público)
Razões para as dificuldades de Hillary?
"A mim não me agrada nada votar por uma mulher..." - eleitor democrata.
"Eu acho que as mulheres não têm nada que se candidatar a cargos políticos." - eleitora (sim, mulher...) republicana.
"Acho que o país está quase preparado para ter uma mulher presidente, mas ainda não..." - outro eleitor democrata.
(hoje, no Público)
Independentemente da avaliação do passado político e dos actuais projectos dos dois candidatos democratas, não tenho dúvidas de que esta é uma das verdadeiras razões para as dificuldades que Hillary Clinton enfrenta: o machismo ainda entranhado nas sociedades ocidentais. Há muita gente a não votar Hillary, simplesmente porque se trata de uma mulher, por se considerar que, por ser mulher, não está preparada para exercer o cargo.
PS - Sim, Obama é negro e também deve haver quem deixe de votar nele por essa outra ignóbil razão. Mas também não tenho dúvidas que o machismo está muito mais enraizado do que o racismo. Daí que o caso de Hillary seja, desse ponto de vista, mais acentuado, logo, mais preocupante.
"Eu acho que as mulheres não têm nada que se candidatar a cargos políticos." - eleitora (sim, mulher...) republicana.
"Acho que o país está quase preparado para ter uma mulher presidente, mas ainda não..." - outro eleitor democrata.
(hoje, no Público)
Independentemente da avaliação do passado político e dos actuais projectos dos dois candidatos democratas, não tenho dúvidas de que esta é uma das verdadeiras razões para as dificuldades que Hillary Clinton enfrenta: o machismo ainda entranhado nas sociedades ocidentais. Há muita gente a não votar Hillary, simplesmente porque se trata de uma mulher, por se considerar que, por ser mulher, não está preparada para exercer o cargo.
PS - Sim, Obama é negro e também deve haver quem deixe de votar nele por essa outra ignóbil razão. Mas também não tenho dúvidas que o machismo está muito mais enraizado do que o racismo. Daí que o caso de Hillary seja, desse ponto de vista, mais acentuado, logo, mais preocupante.
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