11 de outubro de 2007

Cavaco, Gama e Silva Pereira em Fátima

Não gosto da ideia de Cavaco Silva, Jaime Gama e Pedro Silva Pereira assistirem à inauguração da nova basílica de Fátima. Não acho que se perca a laicidade do Estado por causa disto, mas ter três órgãos de soberania (e as duas primeiras figuras políticas da Nação) representados na abertura de uma Igreja (mesmo sendo "a" Igreja)... acaba por pôr a laicidade entre parênteses durante umas horitas.
E, não consigo evitar, cheira-me a coisa do "tempo da outra senhora"!

A ASAE, que anda por lá, não pode fazer nada quanto a isto?

5 comentários:

Pedro Sá disse...

A questão deve ser pensada de outra forma, como um convite de uma entidade como podia ser de qualquer outra, de uma empresa p.ex.

Anónimo disse...

Ana Rita o seu post denota algum anti-clericalismo, não acha? Esteja descansada que a laicidade do Estado português está mais do que garantida, com "horinhas" ou sem elas...

psergio57 disse...

O anti-clericalismo até que se entende. Confrontada com o esvaziamento da espiritualidade em favor da crendice, a Igreja Católica aposta no espectáculo.Canonizem-se os pastorinhos porque o milagre já aconteceu: no século XXI o País continua retrógrado e abundante em pobres (de espírito, também). Igrejas e estádios (essas grandes catedrais)é o que está a dar... Ajoelhemo-nos perante a evidência. Amén

Alx disse...

Só para ajudar à reflexão deixo a referência de dois posts de resposta à fernanda câncio sobre o assunto:

www.pecoapalavra2.blogspot.com

Anónimo disse...

Cara Amiga Ana Rita. Não concordo com seu comentário. Penso mesmo que o governo devia estar mais presente. Sócrates devia ter aproveitado o momento para fazer mais uma das acções de publicidade ao governo, fazendo-se acompanhar pelo ministro das obras públicas. Resolveriam assim o problema da desertificação da margem sul anunciando para ali o novo aeroporto. Não seria necessária assim a intervenção da ASAE...