Acabei de ver Carvalho da Silva, em entrevista à SIC Notícias, explicar que a CGTP não assinou o acordo entre os parceiros sociais sobre a flexigurança (ou flexisegurança?), porque não cabia a nenhuma central sindical nacional fazê-lo. Apenas a CES, ao que parece, assinava o dito acordo, fazendo-o em nome de todos os sindicatos europeus.
O que terá acontecido é que a CGTP votou contra esta assinatura aquando da discussão interna da CES, tendo sido acompanhada, neste seu voto negativo, por "cerca de um terço" dos sindicatos aí representados.
Não sei qual das versões da história corresponde à verdade: se a que correu durante todo o dia, segundo a qual a CGTP teria sido a única intersindical a não assinar o tal acordo de princípio; se a que Carvalho da Silva relatou agora. Mas se o que se tiver passado corresponder ao que o sindicalista contou, então, estamos perante um facto grave. E é grave, porque demonstra má qualidade por parte dos jornalistas que cobriram o evento. É muito mais fácil tratar os assuntos "pela rama" do que aprofundá-los... O problema é que o desleixo acarreta o que parece ter acontecido neste caso: relatam-se factos que não correspondem à verdade (o que, além de tudo o mais, é uma clara violação dos deveres deontológicos dos jornalistas).
Hoje, já ouvi dezenas de vezes o número de polícias envolvidos na segurança da Cimeira. Trocava, de bom grado, essas informações bacocas por uma notícia bem dada acerca da flexigurança e o tão referido acordo...
18 de outubro de 2007
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2 comentários:
Parece-me que a culpa também é nossa que não reclamamos. Os novos jornalistas de mercado dizem o que acham que o maior número de público quer ouvir - sem complicações, os disparates são mais que muitos.
Este é só um dos exemplos da campanha de desinformação.Isolar a CGTP e o movimento sindical de esquerda parece estar na ordem do dia. Falta a velha deontologia profissional a esta nova geração 'his master's voice'.
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