Telmo Correia assinou 300 despachos na sua última madrugada como ministro (já há muito) apenas em gestão. Com um desses despachos, concedeu um edifício público à empresa detentora de um casino, porque, coitadinha, teve que fazer obras no edifício, que é de todos nós, para que aí pudesse ganhar uma fortuna com o negócio do jogo.
À mesma hora, Paulo Portas fotocopiava afincadamente documentos ministeriais, como se a Defesa Nacional fosse a sua coutada.
Uns dias antes, Nobre Guedes aprovava projectos para zonas protegidas. Sobreiros abatidos em troca de financiamentos partidários e viva o Ambiente.
Fica aqui o ponto da situação da falta de vergonha na cara da nossa direita partidária... Sim, aquela que depois fala de qualquer tema com ar moralista, com tom de superioridade, com sorriso arrogante.
5 de fevereiro de 2008
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2 comentários:
O chefe do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, General Garcia Leandro no seu artigo "A falta de vergonha" alerta para o perigo de uma explosão social decorrente da repulsa generalizada face à corrupção.
Será que, como ele diz, o regime está gasto e esta espécie de democracia, instrumentalizada pelos interesses representados no Bloco Central e paralisada pela inoperância do Sistema Judicial, entoa o seu canto do cisne? O 'é fartar vilanagem' despudorado faz, de facto, pensar em decadência, em 'fin de régime'. Os sinais dados pelos escândalos a que permanentemente se assiste são, no mínimo, pertubadores...
Impressionante. Cada um deles tem pouca legitimidade para depois criticar. Todos têm telhados de vidro.
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